Agentes de Saúde recebem treinamento sobre uso seguro de fitoterápicos

 

VICTOR MACIEL 

Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de todo o país já podem se inscrever e realizar o curso sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicos. A capacitação, que está disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde (Avasus) – do Ministério da Saúde, vai orientar os ACS’s sobre a importância do uso correto desses insumos, disponibilizando informações básicas sobre cultivo de plantas medicinais, assim como orientações sobre a preparação e o uso de remédios caseiros.

Além disso, o curso promoverá a interação e a troca de experiências entre os profissionais envolvidos, consolidando uma rede colaborativa de aprendizagem. Esse módulo tem como base as diretrizes da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), em conformidade com os princípios estabelecidos para a Educação Permanente do SUS.

Embora tenha sido desenvolvido, inicialmente, para os ACS, o Ministério da Saúde vê como grande utilidade, também, para os profissionais de saúde que atuam na saúde indígena, uma vez que o uso de plantas medicinais deve ser estimulado entre essa população, que possui rico conhecimento acerca do assunto e acesso à diversas plantas. O curso é gratuito e online, com carga horária de 80 horas na modalidade à distância, sem limites de vagas.

Atualmente, o SUS oferta doze medicamentos fitoterápicos que são indicados, por exemplo, para uso ginecológico, tratamento de queimaduras, auxiliares terapêuticos de gastrite e úlcera, além de medicamentos com indicação para artrite e osteoartrite. De acordo com o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), os fitoterápicos mais utilizados na rede pública são o guaco, a espinheira-santa e a isoflavona-de-soja, indicados como coadjuvantes no tratamento de problemas respiratórios, gastrite e úlcera e sintomas do climatério, respectivamente.

Os produtos fitoterápicos e plantas medicinais, assim como todos os medicamentos, são testados para o conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, e também para garantir a qualidade do insumo. Cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e às Vigilâncias Sanitárias Municipais e Estaduais o controle desses medicamentos.

Para realizar o curso, acesse este link.

Leia sobre a política aqui.